Capas


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O lenhador e a raposa


Creio que todos sabem que a palavra julgar significa decidir (juiz), emitir opinião, avaliar, considerar(-se), supor(-se). Mas cá entre nós, o ato de julgar sem conhecer determinada situação, pessoa, lugar, religião, empresa, esporte, etc, é no mínimo injusto e muitas vezes chega a ser preconceituoso.

“O lenhador e a raposa” que li na internet e consta como autor desconhecido, fala justamente sobre o ato de julgar. Acho que esse conto merece ser lembrado sempre por todos nós.

O lenhador acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada.

Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um um animal selvagem, não era um animal confiável, e quando sentisse fome comeria a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: “Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai comer seu filho!”

Um dia o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentários, chegou em casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com sua boca totalmente ensanguentada  O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, acertou um machado na cabeça da raposa. Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu filho no berço, dormindo tranquilamente, e ao lado do berço uma cobra morta.

Pois é, o que vale é o que a gente sabe e não o que os outros dizem sem ter conhecimento…

Percebo que muitos estão fazendo, o que vou chamar aqui, de uma pré-visão do que poderá acontecer em nossa cidade para os próximos anos devido ao que aconteceu nas eleições. Compreendo que o novo as vezes assusta, não estamos acostumados com ele.
Este novo caminho certamente nos levará a um lugar novo. A questão é saber se esse lugar novo é bom ou pior do que o antigo. Infelizmente tem coisas que só o tempo pode responder, o que cabe a cada um de nós e estarmos atentos a cada passo dado em direção a esse novo caminho.
Antes de ficarmos nos degladiando com textos e colocações em redes sociais, vamos aguardar... Ainda não conhecemos o novo caminho, se é de pedras ou de flores!

Cláudio Albano


"Deveríamos olhar demoradamente para nós próprios antes de pensarmos em julgar os outros."
Jean Molière