Seu Silva era um empresário conceituado com sua loja no centro da cidade que ia muito bem, obrigado!
Certo dia de chuva, essas chuvas nem forte nem fraca, o seu Silva foi até a porta de sua loja e ficou observando a rua central da cidade.
Umas duas quadras da loja conseguiu visualizar um senhor que vinha subindo a rua e se protegendo da chuva como podia. Ele corria até um toldo de uma loja, esperava um pouco, corria até outro toldo, descansava e corria até uma árvore e assim prosseguia a sua árdua jornada para subir a rua do centro!
O que fez o seu Silva ficar atento a esse cidadão foi que ele tinha em suas mãos um guarda-chuvas fechado.
Seu Silva observava curioso, quando ao se aproximar mais percebeu que a pessoa em questão se tratava nada mais, nada menos, do Lioto, um sujeito alegre e que todos conheciam na cidade.
Ao se aproximar da Loja, Seu Silva ficou curioso e não resistiu em fazer a pergunta que lhe estava atormentando:
-O Lioto, sua anta, estou lhe observando a tempos e você vem correndo que nem uma gazela de toldo em toldo e de árvore em árvore para se proteger da chuva. Mas por que raios não abre o guarda-chuvas que esta trazendo fechado em suas mãos?
Lioto, cansado, solta um suspiro.
-Vou lhe explicar... Ufa! Eu sai de casa, o tempo estava bom, na metade do caminho nublou tudo e vi que não daria tempo de chegar ao centro sem me molhar, então bati na porta de um compadre meu que morava por ali e pedi esse guarda-chuvas emprestado. Pois bem, ele emprestou, mas fez uma exigência:
"Lioto, vou lhe emprestar o guarda-chuvas novo que comprei agora cedo, só não vai deixar ele molhar!"
Crônicas de São Miguel, os personagens são fictícios mas a historia é real!
Cláudio Albano