Desciclopédia adaptado lá vamos nós!
Quem acha que a vida na praia é fácil, extremamente fácil, está enganado. Mais se frustra do que se diverte.
Os problemas começam ao arrumar a bagagem. A mãe quer achar aquele biquini colorido mas não encontra de jeito nenhum, para a sorte do marido que não queria ver a esposa, que mais parece uma orca, usar um biquini que só caberia em uma cadela da raça Poodle. Já o marido/pai precisa de gelo para a caixa de cerveja cheia de malta e colonia, afinal a pessoa não pode deixar de ser chique mesmo em lugares que não conhece.
O processo de arrumação da bagagem demora em torno de 3 semanas. É o tempo necessário para colocar tudo o que acha necessário em sacolas e bolsas, para então socar dentro do carro.
A partida é outro problema. Quando já está tudo dentro do carro, e o pai finalmente liga sua máquina, o carro começa a dar problemas. O motor começa a enguiçar, o carro não dá a partida, o cano de descarga explode e o radiador começa a assar churrasco. Para resolver o problema, o pai abre o capô e joga água no motor. Também dá umas mexidas e batidas na lataria do carro. Milagrosamente, o carro começa a funcionar.
O início de viagem é perturbador. Quando estão bem longe, a mãe lembra que esqueceu do protetor solar. Também esqueceu as toalhas e os chinelos. Aí já é tarde e o pai não pode voltar.
Perto do meio da viagem, o pai se perde. Acaba indo pra outro lugar. Precisa pedir informação para as pessoas para conseguir tomar o rumo certo. Além disso, começa a bater uma soneira no motorista. Na hora do almoço, a família pára no posto. O pai faz a revisão do automóvel, come algum salgadinho e bebe um café pra matar o sono. O salgadinho dá uma dor de barriga no motorista, e lá se vão mais 2 horas, no banheiro. Passado o transtorno no posto, a família consegue partir.
Depois de muito tempo de viagem, finalmente a família chega à praia. O desembarque é triste. A bagagem deveria ficar dentro do carro, e só poderão tirar algumas coisas a serem usadas na praia, mas a menina quer o baldinho e a pazinha para brincar na praia, mas os brinquedos estão bem no meio da bagagem. Resultado: terão de tirar toda a bagagem para encontrar o maldito baldinho, senão a menina não cala a boca. Achando o baldinho e a pazinha, socam a bagagem novamente. Pegam tudo que usarão na praia e saem andando. O pai checa o carro para ver se está bem seguro, pra garantir que ninguém roube algo. Para a sorte do pai, mesmo que ele deixasse o carro aberto, ninguém roubaria nada.
Chegando na praia, problemas maiores aparecem. O sol fica muito forte e a mãe havia esquecido o protetor solar. Enquanto o tempo passa, a família começa a se sentir como uma porção de batatinha fritando no óleo. As crianças querem picolés, mas a mãe quer economizar grana. Uma choradeira dos Inferno até que a mãe finalmente libera a verba para os pirralhos comprarem picolé. A mãe relaxa na cadeira comendo seu frango com farofa. O pai começa a encher a cara e vai até o mar. Se afoga e dá trabalho para os salva-vidas. A mãe resolve ir ao mar também. Leva um tremendo tombo e fica com as partes íntimas à mostra, parecendo uma baleia jubarte encalhada, para o desespero dos banhistas que viram a cena e as partes da mulher. O menino se perde na praia e é um Deus nos acuda para encontrar o moleque. O pai bêbado também se perde e dá ainda mais trabalho para ser localizado.
Ao fim do banho, a família procura o chuveiro, para tirar a areia e o sal do corpo. Para o azar de todos, o chuveiro não tem água. Precisam ir embora à milanesa mesmo. Queimados pelo sol e sujos, pegam suas coisas. Andam até o carro, e a mulher percebe que esqueceu o guarda-sol na praia. Entram no carro, todos sujos. Deixam o local e voltam para o muquifu alugado por 20 reais a diaria. Fim do dia, mas não dos problemas. amanhã tem mais, e ainda terão de enfrentar a disenteria e a queimação na pele.
Abraços
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