Capas


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Parabéns Jovem Senhora!

Orgulho! É o que eu sinto pela minha cidade. É muito bom viver aqui, melhor ainda é recordar um passado de luta, de pioneiros e desbravadores que construíram essa jovem senhora de 51 anos.


Orgulho! O que mais disser para descrever o amor que sinto por essa terra, por esse chão que fui criado e pelo qual, aprendi os primeiros passos.


Orgulho! Nascer aqui, morar aqui e aprender sobre moralidade, caráter e comportamento contigo e ter agora o prazer de comemorar mais uma de suas primaveras.


Orgulho! Em saber que seu povo é de gente de bem, generosas,  prontas para ajudar no seu desenvolvimento, que zelam por ti, jovem Senhora, lhe defendendo sempre. 

Orgulho! em ver que auto estima do teu povo aumenta conforme os anos passam e você se desenvolve de forma continua em busca da evolução.

Orgulho! De suas belezas incomparáveis, histórias mil, é, acima de tudo, uma cidade acolhedora e aconchegante, que nem colo de mãe.

Orgulho! Por que recebeste bem a todos nós! Agora receba o carinho e o nosso abraço, Jovem Senhora.

Um dia hei de renascer, e se Deus permitir, quero renascer aqui para comprovar que você, Jovem Senhora, venceu. Comprovar que seus filhos estão melhores, evoluídos em compaixão e amor. Esperanças tornam-se desafios que você, Jovem Senhora, sabe melhor que ninguém como enfrenta-los!

No teu passado estão as marcas de tua glória, tornando este presente desafiador,  para que o futuro promissor nos alcance em breve!

Parabéns São Miguel do Iguaçu, eu me orgulho de você!

Cláudio Albano

terça-feira, 20 de novembro de 2012

DIA NACIONAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO POVO NEGRO.


QUEM FOI ZUMBI DOS PALMARES?

Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.
Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.

No ano de 1675, o quilombo foi atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.

Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.

O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695. 

Colaboração : Celson Maggi

sábado, 17 de novembro de 2012

Primeiros passos de um novo caminho (Uma Geração Chamada Ariel)

Eram oito da manhã quando Givanildo Moura entrou na Secretaria de Educação e escutou uma de suas assistentes dizer: -Dá uma olhada na rede social, vai se interessar!
Givanildo Moura deu um leve sorriso, que não era habitual e continuou em passos largos para a sua sala, Alto, usando os óculos,companheiros havia muitos anos, cabelos brancos e apenas uns poucos em cima das orelhas, rosto fino e corpo magro, se aposentou recentemente do trabalho de secretario executivo de uma multinacional e depois da vitória de um grande amigo para Prefeito da cidade foi nomeado Secretário da Educação, relutou no começo mas acabou aceitando o cargo, ele sabia que não era como os outros secretários que apenas aceitavam um cargo pelo salário, ele era competente, até demais.

Chegou em sua sala que não era nem sombras da sala que ele tinha na multinacional, ligou o computador e pegou uma xícara de café. Lembrou do recado da assistente, entrou na rede social  e se deparou com uma foto de uma escola que ele conhecia e fazia muito tempo que não ia visitar, a sua excepcional competência e superioridade perante os demais secretários o haviam deixado preguiçoso. Olhou a foto, a frente da escola com o portão caindo como se estivesse sofrido a colisão de um veículo, o muro próximo que dá sustentação ao portão estava quebrado e a falta de tijolos deixavam parecer que era uma flecha em direção ao chão, a calçada estava levantada fazendo altas saliências, pinchado no muro que sobrava, algumas iniciais em vermelho e junto com a foto um texto que ele leu com um certo desdem:

"Estava passando em frente a essa escola pública e me deparei com essa cena, por isso resolvi fotografar, infelizmente na imagem não mostra os entulhos em frente a entrada perto da rua, que os alunos precisam desviar para poder entrar. Não estudo nessa escola, graças ao bom Deus, minha família me paga uma ótima faculdade particular. Sim eu sei, Alguns vão dizer, então esse problema não é da sua conta, e para isso eu respondo:
Ontem eu estava sentada na minha sala é senti um vazio enorme por não ter um objetivo para lutar, ao sair de lá me deparei com uma reportagem de revista que mostrava os problemas da educação no Brasil. Não acredito em coincidência, acho que tudo acontece no momento certo para nos dar alguma resposta, então entendi que era por isso que eu e minha geração devemos lutar. Pela Educação!
Os jovens e adolescentes do meu Brasil estão sofrendo com esses descasos com a educação. A má qualidade está tornando nós todos dessa geração, alienados pela mídia e pelas facilidades que encontramos nestes tempos construídos a lágrimas e sangue pelos nossos pais, por isso entendo que o próximo passo será dado por nós, vamos lutar pela EDUCAÇÃO e tenho certeza que todos juntos poderemos fazer a mudança necessária, a começar por essa escola!

 Ass. Ariel Alcântara" 

 
O Secretário se recostou na cadeira, analisou os comentários, alguns colocando o seu nome e pensou para si  "Modinha, isso é passageiro"

Cláudio Albano

Leia a primeira parte desta historia clicando aqui

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Uma geração chamada Ariel

Está sozinha na sala de tv, sentada em uma poltrona confortável olhando através da janela as pessoas que passam apresadas pela calçada. "Onde elas vão com tanta presa?" Ariel está pensativa, não entende tanta correria, afinal, seu mundo é perfeito, sua mãe é psicóloga e seu pai cirurgião plástico, em seus pensamentos Ariel percebe que tem tudo que deseja, tudo que sonhar é possível de ser alcançado, apesar de seus dezoito anos, já participa das badaladas festas da alta sociedade, o mundo do glamour que pertence as atrizes, que são clientes de seu pai, é também o seu mundo.

Ariel olha em sua volta, riqueza e sustentação estão por todos os lados, esteve sempre nas melhores escolas e teve sempre os melhores professores, fala fluentemente inglês, francês, espanhol e alemão graças aos cursos caríssimos que frequentou, viaja constantemente, não menos que cinco vezes ao ano sempre para países diferentes, conhece várias culturas, isso desde os quatorze anos de idade quando ainda uma de suas babas a acompanhava. A Disney ficou monótona depois de tantas visitas.
"Tenho tudo que um jovem sonha, mas por que esse vazio?"
Apesar de tudo, Ariel está triste, o seu coração apertado, falta alguma coisa, mas o que? Volta a olhar pela Janela, as pessoas passando apresadas pela calçada, tenta imaginar o que cada uma daquelas pessoas pensa ou busca. O Senhor que passa de mãos dadas com uma criança lhe chama a atenção, pode ser um avô passeando com o neto, mas o que ele pode estar ensinando ao menino?
Lembrou de sua avó, quando ainda menina, ela havia lhe ensinado a fazer biscoitos e era um momento mágico aquele, percebeu que não sabe mais como fazer os biscoitos por que os seus estudos e viagens fizeram com que fosse impossível realizar a tarefa.

Apoiou a cabeça com a mão lembrando das aventuras incríveis contadas pelo seu Pai e sua Mãe, as lutas travadas contra a opressão em busca da liberdade quando ainda eram jovens, mas e ela? Ela sabe que não precisa lutar, que tudo que quer será alcançado, pois e só ela seguir o destino que lhe foi traçado, a faculdade de medicina para seguir a carreira de sucesso do Pai, como filha única vai herdar um império que  foi construído antes mesmo que ela tenha nascido.

Ali sentada em uma poltrona confortável, olhando a vida pela janela, Ariel chorou! Ela não sabe, mas as lágrimas que caiam de seus olhos são também as lágrimas de toda uma geração...

Cláudio Albano